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QUAL CATWOMAN QUAL CARAPUÇA

A nova super-heroína da América chama-se Toya Graham, tem 42 anos e é mãe solteira

A polícia de Baltimore agradeceu-lhe e referiu que se existisse uma maioria de mães como ela metade dos problemas dos jovens estariam a bom caminho de se resolver

O adolescente Baltimore que foi esbofeteado pela sua mãe com raiva durante os distúrbios de segunda-feira - um momento visto em um vídeo que rapidamente se tornou viral - diz que aprendeu uma lição com a sua humilhação pública.  
Baltimore Police Commissioner Anthony Batts seemed to agree.
"I wish I had more parents who took charge of their kids tonight," 
.Pastor Jamal Bryant told Inside Edition:
“I wish all of the parents of Baltimore would take on her spirit and go pull your children out of the streets,”  
Toya Graham even got a nod from White House press secretary Josh Earnest, who called the confrontation a "powerful expression about the role that parents can play."
Toya Graham told "CBS This Morning" that she doesn't feel like a "hero.""I don't," Graham told "CBS This Morning" on Wednesday. "My intention was just to get my son and have him be safe." 
For his part, the teen said he understands why his mom smacked him. 
"I understand how much my mother really cares about me," Singleton told ABC News. "So I'm just going to try and do better."
Ora vistis...

Um bom par de tabefes no momento certo nunca matou ninguém nem é trauma para o resto da vida, pelo contrário, pode ser uma excelente "vacina" para infecções graves, por vezes letais. Abençoada mãe que não fica a olhar nem deixa de fazer o que deve por estar em público.

Ser Mãe é pôr o filho em primeiro lugar, o resto... que se lixe.

RACISMO? " I am an American"

Ontem, antes de apagar a luz para dormir, fiz a habitual voltinha dos canais de informação; a CNN transmitia a loucura que se passava em Baltimore. Uma manifestação pacífica e bastante ordeira tinha sido, em minutos, transformada numa batalha campal de agressões à polícia, destruição de automóveis da polícia e civis, ataques e pilhagem a estabelecimentos comerciais, à pedrada e com fogo posto, por parte de jovens negros. Jovens? Muitos pouco mais eram do que crianças espigadas nos seus casacos de capuz de adolescentes "ousiders".

Mas esta parte já tinha passado, agora os bombeiros tentavam vencer um enorme fogo que atingia edifícios comunitários novos, recém inaugurados. Segundo os vários repórteres, a situação estava longe de ser geral, restringia-se a alguns pequenos bairros da periferia.
A dada altura, onde se encontrava um dos repórteres da CNN, duas dezenas de FEDELHOS, miúdos de liceu, berravam no meio da rua, incitavam o cordão da polícia que a fechava, lançavam uma ou outra pedra que estivesse à mão. Desenhavam mais uma cena triste e complicada a materializar-se a qualquer momento.

Então um homem idoso, negro, magro e seco, caminhou até ao centro da via e ficou parado a olhar para os fedelhos;
"Get your butts home", disse-lhes, "go home kids".
A cena repetiu-se, não foi rápida, foi uma atitude, uma resolução e ele não saía dali, parado, mãos nos bolsos das calças, queixo levantado.
O repórter da CNN acabou por ir ter com ele...

Abaixo está um excerto ( e vídeo) da conversa que tiveram, precocemente interrompida para transmitirem em directo a comunicação do Governador.

A Vietnam veteran took to the streets of Baltimore amid utter chaos on Monday night and urged rioters to go home. He also delivered an amazing, impromptu message on live TV after a CNN reporter approached him.
The man, who identified himself as Robert Valentine, said the violent rioters do not “respect” the death of Freddie Gray or the family’s feelings. Gray died of a serious spine injury while in police custody, sparking unrest in Baltimore.

“Here’s number one: I did 30 years, OK? I came out a master sergeant. I’ve seen more than all of this. I’ve been through the riots already,” Valentine told CNN. “This right here is not relevant. They need to have their butts at home. They need to be in their home units with their families studying and doing something with their life — not out here protesting about something that’s not really about nothing.”He continued: “They do not respect this young man’s death, you know? Now, momma and daddy done lost a child — that could be them. So, I’m very pissed.”

When asked if he was concerned about his own safety, Valentine replied, “I love my country, I love my charmed city.”
“And I’m an American,” he added. “I’m not black, white, red or yellow — nothing. I am an American.” 
CNN host Anderson Cooper dubbed the man a “hero” for his bravery in Baltimore. (texto na ABC TV on line)

Também abaixo se encontra um video mostrando uma mãe que viu o seu filho na TV e foi busca-lo... de forma eficaz e absolutamente apropriada. Mais houvera.

E declarações... de dois americanos, ambos negros, um habitante de Baltimore, outro habitante da White House.

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Existe um problema de brutalidade policial? Obviamente que existe

Existe uma taxa de criminalidade concentrada nos bairros predominantemente negros? Obviamente que existe.

Existe um problema a resolver na forma como a polícia aborda estas populações? Não, existem vários, diversos e de ambos os lados.

A polícia não pode ter medo de combater criminosos, sejam eles de que etnia forem.

A polícia não pode ser prepotente por ser "a polícia"

Um negro (ou qualquer outra pessoa) não pode ser tratado com luvas de veludo para não se cair em "discriminação racial"

Não existe qualquer confusão entre Exercício de Direitos e Abuso de Poder; seja por parte da polícia seja por parte de qualquer individuo ou grupo étnico.

Os Estados Unidos são uma comunidade racista na qual não existe igualdade de oportunidades?
Look at the guy at the top, please...

Existem racistas nos EUA? Os EUA situam-se no planeta Terra...

O racismo, violento ou encapotado, é uma exclusividade dos caucasianos?
Vide Oprah Winfrey - Nunca violenta, sempre generosa, produtora de verdadeiros incitamentos à rebelião negra, dissimulada na história e cultura americanas, onde ela se tornou numa das mulheres mais ricas e influentes dos EUA.


 #BaltimoreRiots:  A mom reacts after seeing her son on TV throwing rocks at police. What do you think?
 Tuesday, April 28, 2015


I've got a message for the rioters in Baltimore. #BaltimoreRiots
Posted by Ray Lewis on Tuesday, April 28, 2015




"That is not a protest, that is not a statement, that's a hand full of people taking advantage of a situation for their own purposes and they need to be treated as criminals". B. Obama - 28/04/2015

ZORBA A DANÇAR AS CZARDAS

O governo grego, já para os próximos dias tem a entregar ao FMI o primeiro pagamento, de 448 milhões de euros, referente ao primeiro resgate financeiro de 2010 até 9 de Abril, um outro de 200 milhões para os mercados  a 1 de Maio; a 14 tem a pagar 1700 milhões em salários e pensões...

O pagamento ao FMI estará garantido e o respeitante aos mercados estará pela metade (segundo analistas em Bruxelas). Depois virá o grosso do pacote em Junho e nos dois meses seguintes... Esses estão actualmente a descoberto, assim como o funcionalismo do Estado grego.


No passado domingo, após um encontro informal em Washington, com a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, Yanis Varoufakis garantiu que a Grécia “tenciona cumprir todas as suas obrigações para com todos os seus credores. O governo grego sempre cumpriu as suas obrigações e continuará a fazê-lo.” 

(Ouvem-se vozes de "apoiado, muito bem, tens uma g'anda lata" )


No dia seguinte, segunda-feira passada, dia em que as negociações técnicas foram retomadas em Bruxelas, Lagarde e Varoufakis encontraram-se com responsáveis do Tesouro norte-americano, entre eles o sub-secretário Nathan Sheets, encarregado dos assuntos internacionais e a conselheira do Presidente Barack Obama para a economia internacional, Caroline Atkinson. 


Mas na política, entre o que se ganha e o que se perde, baralha-se, volta-se a dar à espera de que tudo se transforme...



Alexis Tsipras, foi direitinho a Moscovo onde se reuniu com Vladimir Putin, não sem antes ter o cuidado de defender o fim das sanções da UE à Rússia, cuja economia está em recessão. Na agenda do encontro Tsipras-Putin estão restrições russas a produtos alimentares gregos e as relações bilaterais. Uma fonte do Kremlin admitiu que a Rússia poderá fazer descontos no gás que vende à Grécia. Segundo o gabinete de Tsipras, a reunião com Putin servirá para discutir as relações entre a União Europeia e a Rússia, turismo, energia, investimento e comércio. 


"Discutir as relações entre a União Europeia e a Rússia" ??? O homem ensandeceu ou tem um mandato secreto?

Foi declarado para a imprensa que não estão previstas ajudas económicas de Moscovo a Atenas...
Considerando a actual recessão russa e a política internacional que Putin insiste em manter não vale a pena "o roto e pedir ao nu que lhe empreste umas roupitas".

Pergunto eu, então o que foi Tsipras fazer a Moscovo?

Digo eu, asneiras, mais asneiras. Foi por-se a jeito, mostrar o rabo e chegar à previsível conclusão que dali não vem 1 litro... a menos que levasse 5, ou 10.

Varoufakis tem a mania de que é diabólico, o Guevara da aurora da Nova Europa, renascida da luz da Grécia, que é ele. 
E Tsipras? Tsipras é parvo. Não é estúpido, mas é parvo. Ainda está sob os efeitos da vitória do Syriza, vagamente alucinogénicos; ainda não equacionou bem as incógnitas: para vencer basta conseguir ter votos, para governar é preciso ter com quê... Sem x, y é igual a zero. E não, a Europa não vai sucumbir de medo que a Grécia lhe dê com os pés.

Horas antes do encontro Tsipras/ Putin, Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, foi avisando:
"A Grécia pede e obtém muito solidariedade da União Europeia. Podemos assim também pedir solidariedade à Grécia para que não saia unilateralmente das medidas conjuntas. As suas acções em Moscovo devem ser baseadas nisso". "A União Europeia espera isso dele como chefe de Governo de um Estado-membro"."
"Criámos as fundações para um novo relacionamento entre os dois países", assegurou esta tarde o primeiro-ministro grego. Alexis Tsipras falava após o encontro com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscovo, onde defendeu o fim das sanções impostas pela União Europeia no rescaldo da intervenção russa no leste da Ucrânia."
 (in Blooberg TV)
(Então mas afinal a Rússia sempre interveio no leste da Ucrânia? O Kremlin sempre o tem vindo a negar...)

As agências internacionais escrevem que Moscovo e Atenas se preparam para assinar acordos comerciais em diversas áreas, com o objectivo de estreitar relações ao longo dos próximos três anos.
"Segundo avança o jornal russo Kommersant, citando uma fonte do governo de Putin, na calha poderá estar a oferta de gás russo mais barato e eventualmente empréstimos a Atenas, em troca de acesso privilegiado às privatizações gregas. A Grécia compra 57% do gás que consome à Rússia, e já em 2013 a Gazprom tentara, sem êxito, comprar a grega DEPA. Moscovo estará ainda disposta a levantar o embargo, com que retaliou os países da União Europeia, para apenas permitir a entrada de produtos agrícolas gregos." (in Blooberg TV)
Vladimir Putin, mostrou grande interesse em dinamizar as relações comerciais entre os dois países e em participar em negócios na área da energia - designadamente para estender o gasoduto que promete ligar a Rússia à Turquia (através do mar Negro) a território grego, transformando a Grécia (em vez da Bulgária, originalmente envolvida no falhado "south stream") no "hub" de distribuição de gás para os Balcãs e para Europa central. O governo grego, assim como o governo  húngaro de  Viktor Órban, querem financiamento europeu para um troço deste projecto, conhecido por "turkish stream", por intermédio do "plano Juncker", destinado a relançar o investimento na União Europeia."(in Jornal de Negócios on line) 
O governo grego está a jogar um jogo perigoso, de consequências mal medidas, irresponsável, egocêntrico, quase infantil... Fez promessas impraticáveis, por irresponsabilidade ou demagogia, o facto é que as fez. A romântica e juvenil vitória do Syriza, fruto de um desgoverno prolongado e uma austeridade sem reformas, vestiu ao actual governo uma camisa de onze varas, não um fato de super-homem heroico. Quando confrontado com a realidade, a dura e caríssima realidade, este governo optou por uma postura arrogante e irrealista. De cofres vazios viu-se forçado a negociar; percebeu que as dívidas, afinal são mesmo para pagar, ao contrário do que advogava um Zé-Sócrates-Chico-Esperto. Percebeu que não existem empréstimos nem resgates incondicionais. 

 Mas há coisas que o governo grego ainda não percebeu... 

 Assim como não existem empréstimos incondicionais, nem perdões de dívida a um Estado (muito menos quando outros Estados, como por exemplo Portugal, se esfarrapam para conseguir cumprir os seus compromissos de pagamento), assim como não se vence as acordadas exigências da "troika", com arrogantes tomadas de posição de "No meu governo mando eu"; também não se dobra a tomada de posição da União Europeia ao decidir impor embargos económicos a um país invasor de um Estado independente e soberano. A aldeia global existe e não é apenas virtual, o individualismo estatal está morto. 

 E mais..

Pergunto-me o que pensará o povo grego, ocidental por cultura e tradição, ao ver o seu país furar o conjunto de castigos económicos  e isolamento de um Estado agressor e invasor de um outro Estado soberano. Talvez seja tempo de Tsipras fazer umas revisões e lembrar o que opôs Atenas e Esparta. Embora os guerreiros tenham vencido a guerra do Peloponeso foram engolidos pela história e pela degradação do mundo helénico.

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